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quarta-feira, 23 de março de 2011

Vivenciando a Campanha da Fraternidade.

Vivenciando a Campanha da Fraternidade.

Estamos vivendo este tempo de graça, o tempo da quaresma. Neste tempo somos convidados a refletir sobre a Campanha da Fraternidade. Como sabemos, neste ano, a campanha aborda o tema do aquecimento global e das mudanças climáticas. A vida no planeta terra está ameaçada pelas mãos do próprio homem, aquele a quem Deus deu a missão de cuidar das coisas criadas.

Não é necessário ser um especialista em clima ou um estudioso das questões do planeta para perceber as profundas mudanças que ocorreram nos últimos tempos. As pessoas com mais experiência de vida constatam que no passado se podia prever o período das chuvas e da chamada “seca” com maior precisão que em nossos dias. Hoje, prever a chuva e a estiagem é quase impossível para o homem simples. Ficamos sabendo quase que diariamente sobre catástrofes naturais que devastam povoados e até cidades inteiras, ceifando dezenas de vidas humanas. Sentimos na pele a insegurança presente em nosso tempo e ficamos impotentes diante do poder da natureza que segue o seu curso.

Para considerando a gravidade da situação e de suas conseqüências, basta citar que órgãos das Nações Unidas já falam na existência de 50 milhões de migrantes do clima. Nós cristãos não podemos deixar de agir em prol de melhores condições para o nosso planeta. Cruzar os braços diante de tal desafio significa irresponsabilidade para com as gerações futuras, pois ainda podemos fazer algo em benefício da vida no planeta.

A Campanha da Fraternidade de 2011 propõe como objetivo geral: contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.

A Campanha da Fraternidade deseja, portanto, colaborar para que a reflexão sobre os problemas que ameaçam a vida no planeta gerem um comprometimento para salvar a vida na terra. Cada pessoa precisa perceber que contribui e é parte do problema, mas também poderá ser agente de transformação desta situação que preocupa a todos nós. A reflexão precisa levar a ações concretas.

Gostaria de cada um pensasse o que eu posso fazer para salvar a terra, casa de todos?
1)Reaprender a ser parte da Criação, agindo com o cuidado que ela merece.
2)Reaprender a conviver com a terra e com todos os seres vivos, reconhecendo seu direito à vida e reconhecendo que a vida humana depende deles também.
Isso supõe algumas ações simples que todos nós podemos fazer, sugiro algumas deles:
1)Usar de forma responsável os bens naturais que a terra produz e oferece a todos: a água, a própria terra, a flora e a fauna.
2)Respeitar todas as formas de vida existentes na terra. Valorizando desde os pequenos animais até o ambiente onde eles vivem.
3)Valorizar as fontes de energia limpa e usar de forma equilibrada a energia elétrica que chega em nossas casas.
4)Não jogar lixo nas ruas e beira de rios. Lixo se joga no lixo.
5)Descobrir meios criativos, através de cooperativas e escolas para reciclar o lixo que pode se tornar fonte de lucro para as pequenas comunidades.
6)Preservar as nascentes de água.
7)Plantar árvores frutíferas e outras nos terrenos desmatados.
8)Cuidar para que na sua casa haja uma horta que favoreça o consumo de alimentos sem uso de agrotóxicos o que ajuda o planeta e favorece à sua própria saúde.

São muitos os meios concretos para fazer que a Campanha da Fraternidade deixe de ser uma iniciativa isolada de pessoas que sonham com um mundo melhor para todos e passe a ser uma verdadeira campanha que mobiliza a vida da sociedade e ajuda a transformar pequenos hábitos que podem ajudar a salvar a mãe terra, casa de todos.

Padre Valter Magno de Carvalho
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Assunção

sexta-feira, 4 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011

Na próxima quarta feira tem início o tempo quaresmal, com a celebração de cinzas. Quaresma é tempo de escuta da Palavra de Deus, de oração, de jejum e da prática da caridade como caminho de conversão, tendo como horizonte a celebração do Mistério Pascal de Jesus Cristo. Somos todos convidados a aproveitar esse tempo de graça valorizando os canais pelos quais esta graça se comunica: a oração, a participação nos sacramentos da penitência e da eucaristia, as práticas de devoção deste período, de modo muito especial a Via Sacra e o Santo Rosário.

No mundo em que vivemos, somos interpelados diariamente por tantos rostos sofredores, que clamam por nossa solidariedade. A Igreja Samaritana não pode passar adiante, na presença de tantos irmãos e irmãs que dela esperam acolhida fraterna, ombro amigo, mãos generosas, que os ajude em sua caminhada para o Pai.

Desde 1964 a Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a Igreja a refletir sobre situações e realidades que envolvem a vida de todas as pessoas durante o tempo quaresmal. Surgiu assim a Campanha da Fraternidade. Neste ano, a CNBB propõe que todas as pessoas de boa vontade olhem para a natureza e percebam como as mãos humanas estão contribuindo para o fenômeno do aquecimento global e as mudanças climáticas, com sérias ameaças para a vida em geral, e a vida humana em especial, sobretudo a dos mais pobres e vulneráveis. É nesse contexto que a CNBB propõe para 2011, a Campanha da Fraternidade com o tema “Fraternidade e a vida no planeta”, e com o lema a Palavra de São Paulo aos Romanos: “A criação geme em dores de parto”. (Rm 8,22)

Na medida em que cada cristão for capaz de vivenciar seriamente o seu batismo, a conversão não Será mais mera questão de retórica, mas será uma dimensão permanente em sua vida.

Aproveitemos este tempo forte para tomarmos consciência de que não somos donos da criação, mas colaboradores de Deus no seu plano criador. Cuidando da natureza, tornamos possível a continuidade da vida em nossa mãe terra.

Padre Valter Magno de Carvalho

Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Assunção