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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Assunção de Nossa Senhora

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Várias dioceses, paróquias e comunidades celebram neste mês de agosto, mais precisamente no dia 21, a solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Este privilégio que teve Maria em relação às outras criaturas de Deus veio sendo celebrado desde os primórdios da Igreja nascente e foi definido como dogma de fé, ou seja, uma verdade da doutrina católica, no ano de 1950 pelo Papa Pio XII através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus. Assim expressa o Venerável Pio XII: "a Imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".

Diante da verdade promulgada pela Igreja, as comunidades cristãs têm se esmerado em celebrar esta festa mariana com a devoção própria do nosso povo. Na oração inicial da Missa da Assunção, a liturgia da Igreja já apresenta o sentido desta festa: “Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”. Portanto, celebrar a festa da Assunção de Nossa Senhora é vislumbrar com os olhos da fé o projeto que o Pai preparou não só para sua filha predileta, mas para toda a humanidade: a vida. Nosso ponto final é a glória no coração de Deus, glória no corpo, glória na alma, glória em tudo que somos.

Na liturgia da Palavra da festa da Assunção a Escritura afirma que: “Cristo ressuscitou dos mortos, primícia dos que morreram. Em Cristo todos reviverão, cada qual segundo uma ordem determinada; em primeiro lugar Cristo, como primícia!” (1Cor 15,20). O nosso Senhor Jesus venceu e nos faz participantes da sua vitória. O Cristo que ressuscitou, que venceu, concedeu plenamente a sua vitória à sua Mãe, a Santíssima Virgem Maria, que esteve sempre unida a Ele. Ela, totalmente imaculada, nunca se afastou do Filho. Assim, após a sua preciosa morte, ela foi elevada à glória do céu, isto é, à glória de Cristo que ressuscitou e é primícia da nossa ressurreição.

Assim, a festa que celebramos é exaltação da glória do Cristo, Nele está a vida e a ressurreição, Nele, a esperança de libertação definitiva. Por isso, todo aquele que crê em Jesus e é batizado no seu Espírito, morrerá com Ele e com Ele ressuscitará. Imediatamente após a morte, seremos glorificados e estaremos para sempre com o Senhor. Quanto ao nosso corpo, será destruído e, no final dos tempos, quando Cristo nossa vida aparecer, será também ressuscitado na glória de Deus. Será assim com todos nós. Mas, não foi assim com a Virgem Maria. Aquela que não teve pecado também não foi tocada pela corrupção da morte. Imediatamente após a sua passagem para Deus, ela foi ressuscitada, glorificada em corpo e alma, foi elevada ao céu.

Podemos, portanto, exclamar como Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres! Bendito é o fruto do teu ventre! Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu!”

Esta é, portanto, a festa de plenitude de Nossa Senhora, a sua chegada à glória, no seu destino pleno de criatura. Nela aparece claro a obra da salvação que Cristo realizou. Como nos diz o Apocalipse: “Agora se realizou a salvação, a força e a realeza do nosso Deus e o poder do seu Cristo!” Eis: a plenitude da Virgem é realização da obra de Cristo, da vitória de Cristo nela!

Padre Valter Magno de Carvalho

Pároco

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mês das Vocações

AGOSTO, MÊS DAS VOCAÇÕES

No ano de 1981 a Conferência dos Bispos do Brasil instituiu o mês de agosto como mês das vocações. A cada ano a Igreja convida os fiéis a refletirem sobre um tema vocacional que desperte a atenção das comunidades para a realidade do chamado feito pelo Senhor e da resposta que cada pessoa é convidada a dar a Ele. Neste ano, o tema do mês vocacional é “anunciar a Palavra que gera a vida”. A cada domingo, dedicamos nossas orações e nossa atenção a uma das vocações: a vocação ao ministério sacerdotal, a vocação leiga e a vocação à vida religiosa.

Inicialmente, há um Deus que chama, que convoca e propõe algo de concreto: dar um sentido à própria existência, uma direção fundamental e única, idêntica para todas as vocações: a santidade como meta última. Deus nos convoca a sairmos do círculo egoísta de projetar a própria vida tendo como ponto de referência a si mesmo. Fomos criados, e a partir daí, chamados, vocacionados a orientarmos nossa existência como uma flecha que busca seu alvo. Nosso alvo é Deus.

Quem atinge este alvo, quem se deixa atrair poderosamente por esta meta, por este Alguém, que como poderoso imã nos puxa para si, será feliz, realizará sua vida, dando a ela um sentido plenificante. Quem errar esta meta estará destinado à frustração, ao desencanto de não chegar onde deveria.

Além disso, o chamado de Deus inclui a concretização no fazer da própria vida um dom, um serviço. Chega-se à meta definitiva através de um caminho concreto: ou oferecendo a própria existência para ser para os outros a presença do Cristo Bom Pastor através da vocação sacerdotal; ou vivendo a vocação leiga no meio das realidades humanas, quer constituindo através do Sacramento do Matrimônio, uma família fundada no amor, elevado por Cristo à dignidade de Sacramento, quer vivendo esta vocação leiga sem assumir o matrimônio, dedicando-se a alguma forma de serviço; ou então assumindo de forma absoluta, a vocação à vida religiosa, sendo sinal da presença de Cristo no meio da Igreja e do mundo, e vivendo a radicalidade dos conselhos do Evangelho: obediência, castidade e pobreza.

Assim, o mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso papel e nosso compromisso com a Igreja e a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando no dia a dia o chamado que o Pai nos faz.

Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos de Deus para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à santidade.

Padre Valter Magno de Carvalho