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terça-feira, 17 de maio de 2011

O amor a Maria nos aproxima de Jesus.

O saudoso Papa João Paulo II em audiência geral no ano de 1979 convidou as comunidades cristãs a aproveitarem o mês de maio como o mês de reflexão sobre a Virgem Santíssima. Assim se expressou o Papa: “O mês de Maio estimula-nos a pensar e a falar d'Ela de um modo particular. Este é o seu mês. Assim, pois, o período do ano litúrgico chama e convida os nossos corações a se abrirem de uma maneira singular a Maria”.

De uma maneira natural surge em nós o desejo de conviver com a Mãe de Deus que é também nossa mãe; de conviver com Ela como se convive com uma pessoa viva, porque sobre Ela não triunfou a morte; está em corpo e alma junto à Trindade Santa.

Para compreendermos o papel que Maria desempenha na vida cristã, nos sentirmos atraídos por Ela e desejarmos a sua amável companhia com filial afeto, não são precisas grandes especulações, embora o mistério da Maternidade divina tenha uma riqueza de conteúdo sobre a qual nunca refletiremos bastante.

A fé católica soube reconhecer em Maria um sinal privilegiado do amor de Deus. Deus nos chama, já agora, seus amigos; a sua graça atua em nós, regenera-nos do pecado, dá-nos forças para que, entre as fraquezas próprias de quem é pó e miséria, possamos refletir de algum modo o rosto de Cristo. Não somos apenas náufragos que Deus prometeu salvar, essa salvação já atua em nós. A nossa relação com Deus é de um filho que se sabe amado por seu Pai.

Dessa confiança e segurança, nos fala Maria. Por isso o seu nome vai tão direito aos nossos corações. A relação de cada um de nós com a nossa própria mãe pode nos servir de modelo e de pauta para a nossa intimidade com a Senhora do Doce Nome, Maria. Temos de amar a Deus com o mesmo coração com que amamos os nossos pais, os nossos irmãos, os outros membros da nossa família, os nossos amigos ou amigas. Não temos outro coração. E com esse mesmo coração havemos de querer a Maria.

Como se comporta um filho ou uma filha normal com a sua Mãe? De mil maneiras, mas sempre com carinho e confiança. Com um carinho que se manifestará em cada caso de determinadas formas, nascidas da própria vida, e que nunca são algo de frio, mas costumes muito íntimos de família, pequenos pormenores diários que o filho precisa ter com a sua mãe e de que a mãe sente falta, se o filho alguma vez os esquece: um beijo ou uma carícia ao sair ou ao voltar pra casa, uma pequena delicadeza, umas palavras expressivas...

Nas nossas relações com a nossa Mãe do Céu, existem também essas normas de piedade filial, que são modelo do nosso comportamento habitual com Ela. Muitos cristãos tornam seu o antigo costume do escapulário; ou dão vida à oração maravilhosa que é o Terço, em que a alma não se cansa de dizer sempre as mesmas coisas, como não se cansam os enamorados, e em que se aprende a reviver os momentos centrais da vida do Senhor; ou então a coroam como Rainha do céu aqui na terra.

Os gestos de amor a Maria não param nela, mas nos levam ao encontro de seu Filho Jesus. Aproveite o mês de maio para viver uma maior intimidade com Maria, sabendo que ela nos ajuda a aproximar do Senhor.

Padre Valter Magno de Carvalho

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